capa do livro

O tema da violência no ensino em saúde coletiva

Articulações com pesquisa e extensão

Simone Gonçalves de Assis e Liane Maria Braga da Silveira

Este livro expressa a reflexão sobre a produção de conhecimento na temática da violência e saúde constituída ao longo de quase três décadas por um grupo de pesquisadores cujo modus operandi é caracterizado pela articulação inextricável entre ensino, pesquisa e extensão. Compondo o cenário do estudo da violência e saúde no Brasil, em 1988, foi criado o Centro Latino-Americano de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Careli (Claves), um núcleo de pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) cuja missão é o “estudo, a pesquisa e a divulgação sobre o tema tentando incrementar a consciência social”. Desde então, o Claves – hoje um departamento da Ensp – busca reunir e aprofundar o conhecimento na desafiante temática da violência e saúde e suas muitas facetas ocultas e manifestas. Vale esclarecer, contudo, que essa iniciativa surgiu, nos idos dos anos 1980, com apoio da Associação Latino-Americana de Medicina Social (Alames) e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em contextos de violência que se transformavam não só no Brasil, mas também na Colômbia e em outros países latino-americanos (MINAYO e ASSIS, 2017). Como indicativo de uma história mais extensa, salienta-se que o Claves surgiu nesse cenário de correlações e convergências entre realidades nacionais e internacionais envolvendo diferentes capítulos de violências política, cultural, urbana e social.

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