Sonho, realidade e desabafos
Prefácio
Conheci o Leonardo Ferreira (Léo ou Naddo, para a maior parte de nós) na Fundação Coppetec, em meio a documentos, notas fiscais, assinaturas, caixas de plástico, pastas, elásticos e todos os objetos assemelhados que constituem a burocracia brasileira. E se há algo que pareça pouco estimular o desenvolvimento do lirismo e da poesia é a burocracia, com sua rotina extenuante de carimbos, protocolos e procedimentos. Mas eis que a danada da poesia encontra meios de brotar até mesmo por entre números e cifrões, espalhados por papéis de muitas cores, como arbustos que parecem surgir do nada em meio às pedras. Por isso, senti enorme felicidade quando descobri que o Léo dos documentos era também o Léo “Naddo” Ferreira, das palavras arranjadas em versos e estrofes sentidas e reveladoras.
Apresento ao leitor um poeta de palavras emocionadas, cativadas pelo mundo que o envolve e pelos olhos que observam com o coração. Apresento aqui um poeta que sonha e procura um lugar para si mesmo e para a sua existência; que duvida e indaga, como as almas inquietas. É desse poeta, que “escreve músicas sem melodia”, que tenho a satisfação de trazer os versos que o leitor vai ler. Afinal, “a maior riqueza do mundo é a vida”; depois, a poesia. Boa leitura.
Prof. José Carlos Pinto