Regina Taccola


Regina Taccola, médica e psicanalista carioca, escreveu seu primeiro conto aos sete anos, recém-alfabetizada. Deu-lhe o título de “A morte de Tarzan” e nele narrava o atropelamento e agonia de um cachorro tão ruivo quanto a sua dona, moradora da vizinhança. Fez sucesso na família, comunidade onde era a única criança, e ganhou fama de “futura jornalista” e “escritora de renome”, exageros compreensíveis pela facilidade com que passara para o papel a tragédia presenciada na volta do colégio.

Na adolescência, cometeu um romance sobre rituais de passagem. O título: Amanhã ontem será hoje. O livro foi esquecido no táxi por sua mãe, pouco antes de ser submetido à leitura crítica de um amigo literato. Ato falho?

Continuou os estudos, passou para a universidade, fez formação em psicanálise e, durante anos de prática, vivenciou-se atravessando o abismo na corda bamba que separa o consciente do inconsciente, lá onde brotam não só insights, mas o próprio processo criativo.

Do abismo fez ponte e, usando a vivência, voltou à ficção.

Uma tarde embalada pelo mar é o resultado desse processo, e chega, dessa vez, pronto e à espera de ser curtido pelos leitores.

São contos curtos como janelas entreabertas, que permitem a cada um continuar a navegar e criar a sua própria fantasia.

Regina mora em Ipanema com seu segundo marido e Bob, o poodle ciumento que acredita ser ela sua propriedade.

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