A mobilidade Warao no Brasil e os modos de gestão de uma população em trânsito: reflexões a partir das experiências de Manaus-AM e de Belém-PA

Autor/Organizador: Marlise Rosa
R$ 0,00R$ 89,00
20% DE DESCONTO

Em A mobilidade Warao no Brasil e os modos de gestão de uma população em trânsito Marlise Rosa nos (re)apresenta a fatos fundadores das Américas.

Digital
Impressa
Limpar

Consulte o frete e prazo estimado de entrega:

Não sei meu CEP

Em A mobilidade Warao no Brasil e os modos de gestão de uma população em trânsito Marlise Rosa nos (re)apresenta a fatos fundadores das Américas. Deslocados de seus territórios de origem na Venezuela dentre outras razões pela intervenção colonial interna voltada para a exploração petrolífera, os Warao tecem um amplo mapa de trajetos, práticas e modos de pensar que põem a nu a artificialidade da divisão política em Estados surgidos das invasões europeias.

A presença warao no Brasil, sua mobilidade e dispersão territorial – simultâneas à permanente conectividade com seu território originário (por meios como as redes sociais e o whatsapp), com as suas redes familiares e de aliados presentes em distintos estados – elaboram uma vida em trânsito. Mantêm-se como uma coletividade móvel, contrariando os ditames de Estados nacionais crioulos que se pautam pela lógica da fixação espacial de indivíduos e comunidades.

O verniz multi/pluricultural de nossas instituições descasca, estampa-nos a epidemia de COVID-19. Numa leitura a contrapelo, vemos os desvãos das políticas imigratórias, indigenistas, sanitárias: os Warao são imigrantes, venezuelanos e indígenas. No cenário em que vivemos esses três termos têm pesos muito específicos.

Agentes sagazes de seus destinos, por mais duras que sejam as situações que enfrentam, os Warao nos ensinam que a "aldeia" da/o etnógrafa/o se espalha por espaços geográficos, físicos e virtuais os mais variados. Entendê-la demanda conhecimentos que vão desde os tradicionais estudos de parentesco e cosmologia, aos de políticas públicas, ou da ação da cooperação internacional. Texto mais que oportuno, necessário e inovador.

Antonio Carlos de Souza Lima

Museu Nacional/UFRJ

Marlise Rosa é bacharela em Ciências Sociais pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), mestra e doutora em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGAS/MN/UFRJ). Pesquisadora vinculada ao Laboratório de Pesquisas em Etnicidade Cultura e Desenvolvimento (LACED), na mesma instituição. Tem experiência de pesquisa e atuação junto a povos indígenas em contextos urbanos e em situação de deslocamento e migração.

SUMÁRIO

23 Introdução

38 Redes migratórias Warao: dos deslocamentos internos aos movimentos transfronteiriços

41 A mobilidade Warao no contexto das migrações internacionais

50 Tecendo chinchorros e relações sociais: sobre a entrada no campo e as condições da pesquisa

59 Organização dos capítulos

65 Reconstruindo percursos, eventos e narrativas

67 Os Warao

79 Situações históricas de intervenção no território de origem

93 Epidemia de cólera

98 Migração para as cidades

104 Instituição da "prática de pedir"

110 Contexto recente: epidemias, comércio ilegal de alimentos e contrabando de gasolina

117 Conclusão do capítulo

121 Indigenismo e política indigenista na Venezuela

122 2.1 Indigenismo de dominação e indigenismo de libertação

133 O culto a Guaicaipuro no projeto bolivariano

141 Consolidação dos marcos jurídicos sobre os direitos indígenas

147 "Hay que ser firme a la hora de defender a la Pachamama": impasses ideológicos e legais na demarcação de terras indígenas

153 Experiências de autodemarcação

155 Conclusão do capítulo

167 Tecnologias de governo: mapeando agentes,ações e instituições

169 Instituições e agentes da governamentalidade

207 Papéis, documentos e burocracias

212 Na Campina e no Ver-o-Peso: situações de abandono e de esquecimento na capital paraense

221 Conclusão do capítulo

225 Fechando o cerco institucional: modelos de abrigamento

226 Estrutura e direção dos abrigos: experiências de Manaus e de Belém

266 Estratégias de controle: "pacificações" contemporâneas

273 Sobre os modos de ser Warao: quem pode morar com quem

285 Conclusão do capítulo

299 Percepções e reações dos Warao à pandemia de Covid-19

305 Referências Bibliográficas

321 Apêndices e anexos

Peso 0,7 kg
Dimensões 1,7 × 16,0 × 23,0 cm
Idioma

Ano

2021

Edição

1

ISBN

978-65-8706-520-5

Páginas

334

Versão

,

Avaliações

Não há comentários ainda.

Somente clientes logados, que já compraram este produto, podem deixar um comentário.

Produtos vistos recentemente