Resenhas de Leônidas Hegenberg (1998-2003)
Flavio Edmundo Novaes Hegenberg
Leônidas Hegenberg escreve a respeito de livros desde seus tempos de ginásio. Suas primeiras resenhas apareceram no Suplemento Literário do jornal O Estado de São Paulo, em outubro de 1958 e em janeiro de 1959. Muitas outras foram publicadas em seguida – n’ O Estado e em várias revistas especializadas.
A professora Mariluze Ferreira de Andrade e Silva (Departamento de Filosofia e Métodos, Universidade Federal de São João Del-Rey, Minas Gerais) reuniu perto de uma centena desses trabalhos em Livros, sempre (Gráfica da UFSJ, 2003, 343 páginas). No prefácio, a professora escreveu importante e interessante comentário a respeito de resenhas, vistas como “a cultura do século XXI”. A obra foi distribuída para meia centena de bibliotecas universitárias e para igual número de professores (da área de filosofia). Muitos acusaram recebimento da coletânea de resenhas e não lhe pouparam elogios.
Após a publicação de Livros, sempre, Leônidas não deixou de escrever comentários. Alguns periódicos (principalmente a Revista Brasileira de Filosofia, do Professor Miguel Reale, e também, por exemplo, Información Filosófica, do Professor Ângelo Morocco, de Roma), divulgaram dezenas de suas resenhas. Escrevendo muito mais rapidamente do que as revistas estavam em condições de imprimi-las e sem dispor de muitos outros veículos em que divulgá-las, meu pai acumulou-as no computador.
Deparando com os escritos, deliberei organizar coletânea de resenhas (fase de 1998 a 2003) – que ora coloco ao dispor de interessados, estimulado pela boa receptividade prestada à obra organizada pela professora Mariluze. Um próximo volume, contendo comentários escritos entre 2004-2007, quase todos inéditos, será elaborado em seguida.
Neste livro, a novidade são fotos dos autores dos livros resenhados. A idéia era colocar retratos de todos os autores. Muitos retratos foram tirados por meu pai e colhidos em seus arquivos. Outros foram obtidos via Google (imagens). Prudentemente, Ana Claudia Ribeiro, nossa amável e competente editora, recomendou que buscássemos permissão para uso das fotografias. Meu pai escreveu para mais de sessenta autores. Infelizmente, mostrou-se muito complicado obter permissão de autores falecidos (cuja obra ainda não caiu em domínio público), assim como de certos escritores que não dispunham de correio eletrônico. Isso nos fez desistir de usar as fotos correspondentes. Poucos romancistas responderam. Felizmente, no entanto, a reação da maioria foi extremamente favorável. Autores ingleses, norte-americanos e australianos, rápida e amavelmente, permitiram que suas fotos fossem utilizadas e vários até nos remeteram fotos novas. Autores que não se dignaram responder – e isso não nos surpreendeu – são todos do Brasil e de Portugal.
Flavio E. N. Hegenberg
Março de 2007