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A ponte do Rio

Luiza Farnese Lana Sarayed-Din

O envolvimento intenso e a alegria de contar uma história da qual grande parte dos entrevistados se orgulhavam, fazia com que eu apenas ligasse o gravador e perguntasse: “qual foi sua participação no Plano de Urbanização da Rocinha que, depois, deu origem ao PAC nas favelas?”. Eu deixava claro que meu principal interesse era entender como e por que esse plano de urbanização, especificamente, recebeu um aporte financeiro tão grande para seu desenvolvimento e, consequentemente, como uma coisa que surgiu dos moradores teve tamanha repercussão? E para estruturar este trabalho, inspirei-me em um pintor de quadros. Desenvolvo uma moldura filosófica com Richard Rorty e Martin Buber, e desenho as linhas e contornos a partir da discussão do formal e informal, aliada à ideia de risco e confiança da obra de Larissa Adler Lomnitz. No entanto, o preenchimento da pintura é todo feito ao sabor das águas, aproveitando a brisa do mar carioca visto do alto de uma montanha, mais especificamente do Rio de várias faces, do Rio Rocinha, do Rio São Conrado, do Rio mar, do Rio montanha. Uso a metáfora da ponte que liga não só ideias, pensamentos, diferenças, enfim que traz a ideia principal deste trabalho, a relação. Afinal, não existe ponte se não for para interligar dois lados, para ser o “entre”, seja do rio ou do Rio.

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