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Pedro e os lobos

Crônica da gestão de conflitos junto a empresas financeiras e medidas afins

Marcos Arzua (Org.)

As transformações sofridas pelo sistema financeiro que, aparentemente, dizem respeito apenas a economistas e administradores, na verdade atingem a todos os cidadãos que, de uma forma ou de outra, conseguem ainda poupar.

Às poucas opções de décadas passadas – caderneta de poupança, letras de câmbio, letras imobiliárias e outras menos “votadas”– acrescentaram-se uma série de outras, com numerosos e variados tipos de fundos e seus diferentes graus de risco. Difícil de entender e dificílimo de escolher.

Em razão deste emaranhado de caminhos e trilhas, em regra nos deixamos levar pelas sugestões apresentadas pelos gerentes e funcionários das organizações financeiras de quem somos clientes. Gentis por certo, e honestos quase sempre, não devemos nos esquecer de que não trabalham para nós. Defendem seus empregos como qualquer um e têm metas a cumprir. São vendedores de “produtos” – sim, este é o termo corretamente empregado – que não ficam expostos em prateleiras a fim de que sejam escolhidos pela embalagem ou pelos anúncios veiculados nos meios de comunicação.

Para que nos orientem, somos instados a nos definir como conservadores, moderados ou arrojados. Instantaneamente ficamos em dúvida. Afinal o que sou? Esta pergunta antes feita apenas em consultórios de analistas, agora temos de responder dentro de um banco. E de “bate pronto”, sem qualquer preparação.

O que queremos afinal a não ser preservar nosso dinheiro corroído pela inflação, que já vai alta, mas podendo remunerá-lo um pouco a títulos de juros, se possível for?

Se difícil é a escolha, também é difícil a avaliação. Como fazê-la para sabermos se fomos bem-sucedidos?

A aferição do “custo-benefício” de outros produtos e serviços que adquirimos para consumo é bem mais fácil. A dona de casa sabe das qualidades dos produtos de limpeza que compra, o motorista conhece o custo de manutenção de seu carro, o passageiro experimenta o conforto dos aviões da companhia aérea escolhida, o assinante de uma telefônica comprova a qualidade de seu atendimento etc.

Porém, concluir do acerto da opção exercida na compra dos produtos financeiros é muito difícil para um cidadão comum, leigo no assunto. O que fazer então?

Certamente procurar uma assessoria que inspire confiabilidade, seja ela prestada por funcionários da organização financeira de que se é cliente, ou por profissional independente.

Não obstante este pedido de orientação ser aconselhável, é de todo conveniente que tenhamos alguma familiaridade com o assunto, a fim de que o universo das finanças não nos seja completamente estranho.

A leitura de matérias como as deste livro por certo ajudarão a diminuir este desconhecimento, que pode nos custar muito caro.

Pedro Laudo de Camargo

Advogado

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