Ara reko: Memória e Temporalidade Guarani
Aldeias Itaxi, Araponga, Sapukai, Rio Pequeno
Armando Martins Barros e Renata Pinheiro Castro
Eu considero
o livro fundamental. Acho que nós, professores guarani, trabalhamos muito.
Aproveitamos a oportunidade para fazermos um livro guarani para trabalhar dentro
da sala de aula, com nossos alunos. Futuramente, com esse livro, poderemos oferecer
cursos aos professores não índios. O livro vai nos servir para
discutirmos, refletirmos nas aldeias, com os professores guarani discutindo
a língua, a letra e o alfabeto guarani.
Fora da aldeia, temos que refletir como a gente trabalhou a construção
do livro, abordando a língua, o alfabeto guarani, o artesanato. Essas
questões temos que trabalhar com os professores não índios
para que aprendam a valorizar nosso pensamento e a produção em
livro que produzimos. Acho que aqui no estado do Rio de Janeiro, é o
primeiro livro que as aldeias fazem juntos.
Prof. Algemiro, Aldeia Sapukai
¤
Com a produção do livro eu mesmo aprendi, pesquisando com minha família, fazendo entrevista com os mais velhos, com o pajé, com meu avô e, até, com a minha mãe. Aprendi como era a história do índio, o que ele comia antes, o que ele caçava, a história de nossa Opy. Os mais velhos gostaram da forma como pesquisamos para o livro e disseram que já podia ter sido feito. É uma vitória para as aldeias.
Prof. Darci, aldeia de Itaxi
¤
A produção
do livro está saindo muito bem. Porque saindo do livro está nossa
imagem, nossa história. No livro aparecem muitas frases da história
do ser guarani. Com ele, já posso dar aula na aldeia em guarani para
explicar a história que está no livro. Foi muito importante ter
sido feito pelas três aldeias juntas.
Prof. Nírio, aldeia de Araponga
¤