capa do livro

Sem escola, sem documento

Elizabeth Tunes (org.)

A escola atual está em crise? Ela está cumprindo seu papel? Ou será que a crise está apenas na cabeça daqueles que a criticam?

Para uma análise um pouco mais profunda dessas questões é importante uma leitura de textos que abordem alguns aspectos a ela relacionados. É essa a oportunidade que os textos contidos em Sem escola, sem documento nos proporciona. Para uma melhor apreensão dos temas aqui discutidos, sugerimos que a leitura se oriente por alguns questionamentos.

O primeiro deles relaciona-se ao que se entende por aprender e se é possível aprender fora da escola.

O segundo questionamento diz respeito às pessoas que estão excluídas da escola e àquelas que, mesmo estando vinculadas a uma escola, estão excluídas. Há esperanças para os excluídos do sistema escolar? Um bom exemplo dos excluídos são aquelas pessoas rotuladas de deficientes.

A leitura do livro conduz-nos a um terceiro questionamento. Será que está havendo uma excessiva escolarização de nossas atividades cotidianas? O simples fato de querer tocar um instrumento musical ou a brincadeira infantil parece estar sendo permeado por situações que nos remetem à escola.

Se a escola está de fato em crise, é preciso entender como ela engendra seus mecanismos de ação que podem conduzir a essa situação. As respostas que forem encontradas para os três questionamentos apontados acima nos introduzem a uma visão esclarecedora.

A quarta e última questão é: existe uma esperança para a escola e para os excluídos de dentro e de fora da escola? O livro traz uma luz que parece bastante promissora. É o de admitir a possibilidade de diversidade dos processos de aprendizagem. Corroborando essa ideia, um interessante relato mostra como é possível ensinar fora da escola, tendo por base o interesse dos aprendizes. Adicionalmente, a introdução de tecnologias modernas, como os computadores, a Internet, os programas de computadores interativos, traz uma perspectiva em que novas formas de pensamento podem ser desenvolvidas em ambientes fora da escola.

São essas as surpresas que a leitura de Sem escola, sem documento poderá nos proporcionar. Vamos desvendá-las.

Roberto Ribeiro da Silva
Instituto de Química, Universidade de Brasília.

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